Já somos 4,59 milhões no exterior

Parece que foi ontem. Mas, já se foram 54 anos do meu desembarque no aeroporto Kennedy. Com um dente de ouro e 50 dólares. Estava frio, menos frio de onde eu vinha, mas, frio. Casaco amarelo cor de diarreia. Bota de borracha galvanizada. Um gorro pele de urso pardo.

Havia os funcionários do Consulado Geral, da Missão do Brasil junto à ONU, do Escritório Comercial, da Braziian Treasury Delegation, do Instituto Brasileiro do Café, do Lloyd Brasileiro, da VARIG. Brasileiros imigrantes, contava-se nos dedos.

Em 1970, falava-se em 5 mil brasileiros, somando a grande New York, Newark, e outros estados vizinhos. Em Washington, a embaixada, brasileiros trabalhando em instituições como BID, OEA, FMI. Em Miami, em Los Angeles. Éramos uns 10 mil nos Estados Unidos. (Na imagem, a primeira bandeira do Brasil hasteada por mm no Brazilian Promotion Center, também redação do jornal The Brasilians,)

500 mil em New York

Se, fizemos o que fizemos, com 10, 30, 50 mil, acredito que faríamos mais, muito mais, com 500 mil brasileiros. As sementes foram plantadas. ( 1. No palco patrocinado pela Brahma, Jota Alves abre o primeiro Brazilian Day 2. A placa da Little Brazil, colocada pela Prefeitura na esquina da Quinta Avenida com 46).

O vírus da China cancelou espetáculos no mundo todo. Mas, brasileiros da Filadélfia ressurgiram com o Brazilian Day mais forte, com mais variantes culturais, mais verde amarelo.

Mulheres brasileiras dão show de bola em Boston com a Festa da Independência. A moçada em Newark (New Jersey) com fibra e coragem, vence o vírus chinês, e levanta a bandeira verde amarela.

Na Europa, (destaco os organizadores do BD em Estocolmo). Na Itália, na Grécia. Na Austrália.  Na Alemanha. No Japão. Com a liderança da gaúcha Natalia Gazzola levei o Brazilian Day para a China. Com a curiosidade dos chineses em Xangai: “Nunca tinham visto e ouvido as nossas belezas”.

Evellyn Lima, na Revista Oeste, informa:

4,59 milhões de brasileiros no exterior: Primeiro lugar: Estados Unidos com 1,9 milhão. Nova York com 500 mil. Boston, 390 mil. Miami, 295 mil. Orlando com 180 mil. Houston e Los Angeles, cada com 100 mil brasileiros. Canadá tem 133, 1 mil.

Na Europa: 1,4 milhão: Alemanha, 160 mil. Lisboa tem 250 mil brasileiros. Londres: 190 mil. Espanha: 165 mil. Itália: 157. Na Ásia, destaque para o Japão com 206, 9. Oriente Médio: 59,2. Oceania: 53,4. África: 39,6. América Central e Caribe: 8,7 mil brasileiros.

Na América do Sul, há mais brasileiros no Paraguai: 254 mil. Em Ciudad del este, 100 mil. Na Argentina: 90, 3. E na Guiana Francesa; 91,5. Os Estados Unidos, com 1,9 milhões de brasileiros, é o maior exemplo de acolhida aos imigrantes que contribuíram para o país ser o que é: a maior potência cientifica, tecnológica, financeira, do mundo.

Com liberdade para tentar uma nova vida: Como qualquer terráqueo, o brasileiro tem sim o direito de viajar, de buscar novas oportunidades. De tentar uma nova vida. Por enquanto, com liberdade, brasileiros vão para o exterior.

Ame-o ou deixe-o

Durante o regime militar (Direita) quem ia para o exterior era criticado, menosprezado: a palavra de ordem: AME-O ou DEIXE-O. Mais tarde, governantes, políticos, a militância, o ativismo, da (Esquerda), passaram a odiar (invejar) o brasileiro que tenta a vida no exterior. Como dizia Tom Jobim: “Se fizer sucesso, pior ainda”. A bruxomania está no controle.

Os bisnetos, netos, filhos, sobrinhos, afilhados, dos que inventaram que Carmen Miranda voltou americanizada e que Ela foi levada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, repetem Fake News, e continuam inventando, mentindo, atacando, quem vive bem, e faz sucesso no exterior, principalmente, nos Estados Unidos.

A magia-Brasil continua forte

Parabéns a Evellyn Lima e a Revista Oeste por nos proporcionar números tão otimistas. Maior a comunidade, maior a solidariedade e oportunidade para os negócios, para a melhoria de vida. Com quantidade e qualidade a comunidade se faz respeitar.

Apesar da gigantesca corrupção, de roubo de nossas riquezas, do desmonte de nossas tradições e princípios, do ataque à família brasileira e à nossa bandeira, a MAGIA BRASIL AINDA É FORTE.

Quando Jô Soares perguntou a que eu atribuía o meu sucesso em New York, tendo desembarcado sem falar inglês, com 50 dólares, eu respondi: “ao Brasil. Eu tinha um continente e anjos de verde e amarelo me orientando, me dando força, me ensinando a ser solidário, corajoso, empreendedor, na mais competitiva cidade do mundo”.

“Quando tive a coragem de assinar contrato com o famoso e exigente Waldorf Astoria Hotel para usar seu salão nobre com o Carnaval do Brasil, por 15 anos consecutivos: a fama e o prestigio de Bidú Sayao, Guiomar Novaes, Leonora Amar, Marcia Haydée, Leny Eversong, e a maravilhosa Carmen Miranda, estavam comigo.

  Estavam comigo o pessoal da Bossa-Nova, The Girl from Ipanema, o Tri e Pelé, Jorginho Guinle, Sergio Mendes tocando na Casa Branca, o sucesso da tanga, o Black Beans da Cida no Feitiço do Village, a VARIG e seu famoso serviço de bordo, Julie Janeiro, Raul do Trombone, Don Salvador, Dom Um, Portinho, …Eu cheio de Brazilian proud ao saber que cantor/cantora, famosos, queriam um percussionista brasileiro”

Quando, com a cara e a coragem, ”grilei” a Rua 46, para o Sete de Setembro/Brazilian Day, eu tinha um país-continente me garantindo. Eu disse ao saudoso Jô Soares: “o meu sucesso e de tantos outros, não se origina na ganancia, no atropelo, no tirar vantagem. Vem da crença na beleza do País Tropical. Vem do charme e do talento da mulher brasileira. Vem da magia que o Brasil tem lá fora. É preciso captar isso. É preciso ver, mas, enxergar, (para entender), por que fomos admirados e respeitados, mundo afora”. (Na foto, Edward Koch, prefeito de Nova York, no palco do terceiro Brazilian Day Ele disse, em português: “muito obrigado Míster Alves por esta bela festa em nossa cidade”.

Bulshit ideológica

É preciso ter em mente, sempre: governante corrupto, político canalha, fdp, existem, mas, passam. O Brasil, sua bandeira, seus ritmos e cores, permanecem. Isso de Direita X Esquerda é bulshit ideológica. Narrativa do atraso, para encobrir corrupção e poder.

A sem-vergonhice, a face of wood e o bundismo fazem um Xamã criticar o nosso apego e respeito as cores da bandeira. Ele disse “há outras cores além do verde e amarelo”. A obesidade cultural faz teleguiados querer estrela vermelha na nossa bandeira.

Fale em Pequim, Shangai, em mudar a cor da bandeira da China, e você vai para o quinto-dos-infernos, nos subterrâneos da Grande Muralha.

Todos os povos, Imigrantes, festejam seu Dia Nacional. Levantam sua bandeira, pela qual se identificam, se tornam conhecidos, respeitados. Eu sonho com 500 mil brasileiros, na minha querida New York, festejando, cada um à sua maneira, o Sete de Setembro. O nosso Brazilian Day.

Trilha sonora:

 

Nos artigos de Jota Alves não tem censura. Podem ser copiados, divulgados. Favor encaminhar www.diadobrasil.com.br. Contato: diadobrasil1@gmail.com